O Furacão – Um Conto de Injustiça nos Mares do Sul

Nota: 8

Na ilha de Manukura, uma colônia francesa no Pacífico, o alegre Terangi é um líder entre os nativos e imediato do veleiro Katopua, do comandante Nagle. Terangi se casa com Marama, mas logo ele precisa viajar para o Taiti.

Em um bar, Terangi está jogando com outros nativos e é ofendido por um alcoólatra e racista francês e ele dá um soco no rosto do camarada, quebrando sua mandíbula.

Apesar do testemunho do comandante Nagle, Terangi é sentenciado a seis meses de trabalhos forçados pois a vítima tinha conexões políticas com as autoridades.

O comandante Nagle pede ao governador Eugene DeLaage para usar sua influência para ajudar Terangi, mas o intolerante governador se recusa. Terangi tenta escapar da prisão e a cada tentativa, ele tem a sentença aumentada.

Oito anos depois, ele finalmente consegue fugir e sua fuga é comemorada em Manukura. O padre Paul encontra sua canoa em alto-mar e traz Terangi escondido para a ilha. Mas um furacão devastador também chega na ilha, ameaçando os moradores.

“O Furacão” é um conto de injustiça nos Mares do Sul que lembra Os Miseráveis, de Victor Hugo. A saga do doce Terangi é muito parecida com a história de Jean Valjean, sendo ambos os personagens vítimas do injusto sistema penal francês.

A seqüência do furacão é muito impressionante para um filme de 1947. Eu apenas não posso dizer que o mesmo foi obra da intervenção divina, pois no final o desprezível governador se salva e a maioria dos nativos morre.